sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Leve Desespero...


Não sei se alguém que venha a ler este texto já passou por uma situação igual ou semelhante.

Quando se tem um pesadelo na noite anterior, aquele fatídico acontecimento que lhe tira o sono, o qual lhe faz despertar perturbado e ansiosamente. Isso acaba lhe deixando com uma sensação estranha, uma grande parcela do dia sem ter, normalmente, a concentração para pensar em outras coisas.

O mais estranho (diga-se triste), é quando esse pesadelo é tido como a sua realidade, algo que você está vivenciando e pede insistentemente para acordar e fazer com que acabe essa angústia que o consome.

É estar acontecendo algo inimaginável e que você jurava por tudo que isso seria impossível de acontecer.

Em síntese, as emoções ficam à flor da pele e os sentimentos extremamente confusos. E a confiança? Bendita seja ela! Você acaba duvidando até de si mesmo. Você se descobre e a todos que estão ao seu redor, te deixando quase que eternamente em estado de alerta.

Restando-lhe então, um processo de reconstrução. Reconstrução de ideais, de sentimentos e de valores, é colar pedacinho por pedacinho do cristal que se quebrou, algo puro, de tamanha preciosidade. E ainda, rezar para não ter novamente um pesadelo e acordar para um lindo dia de sol, esse fará com que a cola do seu cristal seque mais rapidamente e, assim, se renove.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vai Passar...

Bem, hoje o meu post, é na verdade, um texto de Caio Fernando Abreu, que condiz com a forma que me sinto.


Vai passar,
tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas.